quinta-feira, 26 de maio de 2011

Psicólogas admitem não terem preparo técnico para atuar nos casos denunciados

No livro CRIANÇAS NO LABIRINTO DAS ACUSAÇÕES , da psicóloga Márcia Amendola (Ed. Juruá, 2009), uma triste e alarmante revelação das psicólogas entrevistadas nos estudos de elaboração do livro: psicólogas revelam não terem o devido preparo técnico para atuar nos casos denunciados; e, o que é mais agravante, relatam que as condições materiais também são precárias.

Na página 147 do livro, o tópico “Qualificação Profissional e Laudos”, traz asseverações dos pesquisadores Flores e Caminha (1994, p.158):

“Há um despreparo generalizado envolvendo desde os profissionais da área de saúde, educadores e juristas até as instituições escolares, hospitalares e jurídicas, em manejar e tratar adequadamente os casos surgidos.”

Na página 148, o preconceito contra o acusado é evidenciado:
“De acordo com as informações prestadas, seriam muitos os pais que não receberiam atendimento das instituições de referências para avaliação de abuso sexual em crianças caso não tivessem solicitado pessoalmente. Contudo, quando atendidos, a postura dos profissionais era de considerá-los culpados de antemão.”

Na página 149, um pai depõe:

“Foi feito um laudo psicológico (em 2 sessões) onde a psicóloga afirmava que eu tinha uma conduta desviante. Nunca falei com esta psicóloga, ela nunca entrou em contato comigo para comunicar que iria fazer alguma avaliação ou acompanhamento psicológico com a minha filha.”
Para realizar tal pesquisa, a psicóloga Marcia Amendola criou um roteiro de entrevista cm 19 perguntas, que foram feitas a cinco psicólogas de cinco instituições diferentes do Rio de Janeiro. Não foi revelado o nome das profissionais.
Na página 156, Marcia Amendola traz a revelação alarmante:

“Quando ingressaram nas instituições de referência para avaliação de casos de suspeita de abuso sexual contra crianças, a maioria dos psicólogos respondeu não possuir capacitação ou treinamento específico para o trabalho.”
No cenário preocupante, o depoimento de uma das psicólogas é emblemático e resume a necessidade de se fazer urgentes reparos na estrutura dessas instituições e de seus profissionais:

“Não tenho estrutura para atender os casos de denúncia de abuso sexual, de modo que encaminho para avaliação (...). Não gosto de fazer parecer, faço muito pouco porque sei que pode até ser considerado sem validade, porque não tenho estrutura.”

Recomenda-se a leitura do livro para um aprofundamento maior nesta séria questão.

sexta-feira, 13 de maio de 2011

Palestras na EMERJ: Abuso sexual / Falsas Acusações de Abuso Sexual



Dia 27 de maio de 2011

Das 10h às 17h

INSCRIÇÕES GRATUITAS NO SITE DA EMERJ.

Como se inscrever:
1) Entre no site da EMERJ clicando n link abaixo: 

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